Aprovado na Câmara dos Representantes dos EUA, o projeto de lei fiscal republicano, passível de intricadas ramificações distributivas, poderá infligir uma perda anual de aproximadamente US$1.600 aos estratos americanos de menor poder aquisitivo, ao passo que os agregados familiares mais abastados poderão auferir um incremento médio de US$12.000 anuais, conforme assinala uma análise exaustiva do Congressional Budget Office (CBO).

Antecipa-se que famílias de rendimentos médios venham a suportar um incremento anual na ordem dos 500 a 1000 dólares, enquanto as reduções projetadas para agregados familiares de baixa renda resultam de expurgos em programas de proteção social, abrangendo tanto o Medicaid quanto o Programa Suplementar de Nutrição e Assistência; o projeto de lei propõe, ademais, a ampliação dos critérios laborais para a fruição de auxílio alimentar, concomitantemente à introdução de inéditas "exigências de engajamento comunitário" para acesso ao Medicaid, sendo que, embora alguns Republicanos, notavelmente o Secretário do Tesouro, Scott Bessent, tenham refutado a análise do CBO, asseverando que a não aprovação da lei poderia deflagrar uma hecatombe econômica, o CBO reiterou que o custo da proposta legislativa fiscal seria compensado pela receita arrecadada através de tarifas.